Colunistas - Rodolfo Bonventti

ETERNA MEMÓRIA CLEMENTINA DE JESUS

24 de Novembro de 2015

  (07/02/1901 – 19/07/1987)

Foto 1 - Clementina de Jesus começou a carreira de cantora com 60 anos

Foto 2 - A cantora interpretava músicas que lembravam a cultura afro

Foto 3 - Clementina de Jesus tinha uma voz inconfundível

Foto 4 - Clementina gravou cinco LPs em sua carreira de 20 anos

Foto 5 - Clementina com a também cantora Ivone Lara

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A rainha do partido alto brasileiro

Clementina de Jesus da Silva nasceu no interior do Rio de Janeiro, na periferia da cidade de Valença, e se mudou com a família humilde, aos oito anos de idade, para a capital carioca.

Foi também na periferia do Rio de Janeiro, no bairro de Osvaldo Cruz, que Clementina viu surgir a escola de samba Portela e foi apresentada para as rodas de samba.

Quando se casou, já com mais de 30 anos, Clementina foi morar na Mangueira e depois de muitos anos trabalhando como empregada doméstica, foi descoberta pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho que a levou para participar com sua voz rouca e inconfundível do show “Rosa de Ouro”.

Nascia assim a cantora Clementina de Jesus, que começou a carreira aos 60 anos e que logo ganhou, em sua homenagem, um partido alto que se chamava “Clementina, Cadê Você?” , composto por Elton Medeiros.

O primeiro disco surgiu em 1966, foi lançado pela gravadora Odeon, e tinha como título apenas o seu nome, e o segundo veio quatro anos depois, justamente com o partido alto composto por Elton Medeiros para ela como a música chefe.

Por possuir uma voz inconfundível, Clementina de Jesus gravou sambas, partido alto, jongos e outras músicas com características da cultura africana.

Ela gravou cinco LPs em uma carreira que durou pouco mais de 20 anos. Em 1983, na comemoração dos seus vinte anos de carreira, ela foi homenageada com um grande show no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a presença de grandes intérpretes e compositores como João Nogueira, Elizeth Cardoso e Paulinho da Viola, entre outros.

Também conhecida como Quelé, que significa realeza na cultura africana, Clementina nos deixou aos 86 anos, em julho de 1987, vitimada por um derrame, em Inhaúma, no Rio de Janeiro, onde morava.

 

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