Colunistas - Rodolfo Bonventti

Era uma vez na TV: Se hoje é dia 7, não existe concorrência e a audiência é toda do Show do Dia 7

11 de Abril de 2012


Em 1965, a Equipe A da TV Record, composta por Raul Duarte, Newton Travesso, Antonio Augusto Amaral de Carvalho e Manoel Carlos, responsável pela eclética e vitoriosa programação da emissora nos anos 60, criou mais um grande campeão de audiência para a emissora paulista: o "Show do Dia 7".

Todo dia 7 de cada mês, independente do dia da semana que caísse, a emissora abria as portas do seu teatro para um grande show musical e humorístico no qual todo o extenso e talentoso cast da emissora se reunia em um espetáculo que tinha sempre por volta de duas horas de duração.

A audiência era garantida e o público se divertia vendo reunidos no mesmo programa artistas como Roberto Carlos e Ronald Golias; Wilson Simonal e Elis Regina; Jô Soares e Wanderléa; Elizeth Cardoso e Pagano Sobrinho; Carlos Alberto de Nóbrega e Agnaldo Rayol; Jair Rodrigues e Hebe Camargo ou Renato Corte Real e Otelo Zeloni, só para citar alguns.

Os esquetes humorísticos eram inéditos e muitas vezes adaptavam as histórias e fábulas infantis ou então grandes dramas clássicos como "Romeu e Julieta", por exemplo. Os números musicais intercalavam esses esquetes e provocam muitas vezes o confronto entre os humoristas e os cantores, o que provocava ainda mais gargalhadas na plateia e no público telespectador.

O "Show do Dia 7" se transformou assim em um amuleto de sorte para a emissora e no seu principal produto para sacudir a audiência das concorrentes. Nas noites do dia 7, por alguns anos, não havia concorrência na TV brasileira que pudesse desafiar aquela seleção de artistas consagrados que desfilavam pelo palco do Teatro Paramount, que ficava na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio.

O especial era apresentado com muita sobriedade e talento por um quarteto de apresentadores impecável. Ao lado do saudoso casal Blota Junior e Sonia Ribeiro, profissionais indispensáveis na condução do show, se revezavam os também saudosos Randal Juliano e Hélio Ansaldo, e figuras femininas como Idalina de Oliveira e Clarice Amaral, apresentadora que há anos abandonou a TV. Um show de apresentação que valorizava ainda mais o espetáculo.

E na próxima semana: um colunista trazia a sociedade para o final de noite da TV.
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