Cultura - Educação

Com estudo inédito, Leandro de Loiola discute as relações causadas pela imagem humana

30 de Setembro de 2015
 

Leandro de Loiola é palestrante e consultor (Foto: Divulgação)

Em uma era em que Instagram e Snapchat são a bola da vez, a imagem pessoal nunca esteve em tanta evidência. De olho nessa nova realidade, cada vez mais as empresas de smartphones, softwares de fotografia, moda e estética tentam atingir esse público mais narcisista e, por vezes, superficial.

Em estudo inédito no mundo (com o conceito Image Thinking por meio da diagramação de luz, superfícies, corpo e materiais), o doutorando da USP, Leandro de Loiola, coloca em debate as relações iniciadas a partir da imagem humana e os modos pelos quais produtos e serviços são influenciados por ela. O ponto principal da pesquisa é a descrição de como a imagem humana pode ser percebida, manipulada e vendida para desenvolver formas de pensar, de se expressar e manter padrões culturais, principalmente criados e reproduzidos pela mídia, algo que toca na ferida da discriminação racial.

“Com a minha tese, construí e patenteei o termo Image Thinking, que é uma metodologia para se fazer leitura e construção de imagem. Estou propondo uma série de estudos que diz que o ser humano se relaciona com o meio externo se ele decodifica aquilo via imagem humana”, explica Leandro.

Um dos capítulos da pesquisa descontrói o popular Visagismo – conjunto de técnicas que tem o objetivo de valorizar a estética a partir de rosto, cabelo e corpo através de modelos prontos – e o define apenas como arte. Hoje essa "filosofia" é a maior febre por conta das celebridades. “Não existe nenhuma ciência que apoia o visagismo. Isso é uma grande crença, invenção para ganhar dinheiro. É uma arte. Por exemplo, os profissionais afirmam que há sete tipos de rosto e que cada um quer dizer algo... Embora não façam por mal, isso esbarra em sérias questões. Tentam dar uma cara de ciência a algo que não é”, argumenta.

 
A estética ganha cada vez mais importância (Foto: Divulgação)

Leandro de Loiola relembra que esse pensamento já foi muito popular em governos ditatoriais como o de Hitler, durante o Nazismo, e até mesmo para identificar criminosos (pelo tamanho do nariz, uso de tatuagens, nível de vaidade...) – ideia disseminada pelo italiano Cesare Lombroso, considerado o pai da criminologia moderna.

Segundo o pesquisador, o que mais influencia na busca pela beleza estética são as questões econômicas e culturais. “O Brasileiro não lê o ‘redondo’ da mesma forma que o japonês. Não dá para pegar as pessoas e colocá-las em formas. Tudo depende de uma série de construções de linguagem e cultura. Sou contra a ideia de classificar as pessoas. Que fique bem claro: não sou contra a busca pela boa aparência, mas sim que o processo seja feito de maneira consciente e não influenciada pela indústria”, finaliza.

Entre os dias 9 e 16 de novembro, na Escola São Paulo, Leandro de Loiola explica o novo conceito. Confira mais detalhes:

Curso Image Thinking

Dias 9 e 16 de novembro

Horário: das 13h30 às 22h30 ( com intervalos)

Carga horária: 18 horas

Vagas: 30

Investimento: R$ 530,00

Tópicos:

1. Desvendando o Visagismo: entre mitos, ciências e crenças.

2. Visagismo: rosto, imagem e as falácias por trás da Consultoria Visagista.

3. Imagem Humana: meio de comunicação.

4. Entendendo a Percepção Humana a partir de: luz, corpo, superfícies, interfaces e materiais.

5. Image Thinking: o que é? Como pode ser aplicada?

6. A manipulação da Imagem Humana por meio do Image Thinking.

7. Image Thinking e a Percepção Humana: como funcionam na prática profissional.

Inscrições: http://imagethinking.com.br/

Local: Escola São Paulo

www.escolasaopaulo.org

Rua: Augusta, 2239

(Próxima ao Metrô Consolação)

O aplicativo pode ser baixado pelas lojas Google Play e Apple Store*

Link:

Google Play

Apple Store

Por Marcos Martins (@MarcosMartinsTV)

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