Colunistas - Rodolfo Bonventti

O filho sempre fiel da Mangueira

14 de Setembro de 2015

ETERNA MEMÓRIA – NELSON CAVAQUINHO (29/10/1911 – 18/02/1986)

 

Nascido Nelson Antonio da Silva, no Rio de Janeiro, filho de uma índia paraguaia e de um tocador de tuba da banda da Polícia Militar, ainda pequeno ele construiu um brinquedo feito com uma caixa de charutos com barbantes esticados e amarrados em pregos, simulando um cavaquinho.

 

Mudou-se com a família para uma casa ao pé do morro de Santa Tereza, onde ficava o convento das irmãs carmelitas, onde passou a freqüentar aulas de catecismo. Aos 18 anos se mudou para a Gávea, na zona Sul do Rio, naquela época um bairro habitado por amantes da música.

 

Começava aí o seu envolvimento com a música, inicialmente com  grupos de choro, e ele escolheu o cavaquinho para tocar, se tornando assim Nelson do Cavaquinho.

 

Nelson também tocava muito violão e desenvolveu um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.

 

O primeiro casamento foi com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos. Foi trabalhar na polícia e durante rondas noturnas pela cidade do Rio de Janeiro passou a freqüentar o Morro da Mangueira, onde conheceu e se tornou amigo de Cartola e de Carlos Cachaça.

 

Começaram aí as muitas composições e sambas como “A Flor e o Espinho” e “Folhas Secas”, clássicos do nosso cancioneiro.

Entre os intérpretes que gravaram seus sambas, o mais assíduo foi Cyro Monteiro. Ele mesmo só se apresentaria cantando seus sambas no final da década de do no Zicartola, o bar criado por Cartola e Dona Zica no centro do Rio de Janeiro.

 

O primeiro disco foi gravado em 1970 e tinha o título de "Depoimento de Poeta". Entre as canções se destacavam “Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".

 

O segundo casamento foi com Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, e sua companheira pelo resto da vida.

 

Ele morreu em 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um enfisema pulmonar e foi homenageado pela Estação Primeira de Mangueira no Carnaval de 2011, como o “Filho Fiel da Mangueira”.

Nelson Cavaquinho com Cartola no bar Zicartola no Rio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ele foi autor de sambas como "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ele foi autor de sambas como "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com Beth Carvalho na gravação de "Folhas Secas", um grande sucesso

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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