Colunistas - Rodolfo Bonventti

Adolfo Celi - Dirigiu no TBC e se casou com Tônia Carrero

3 de Setembro de 2015

O italiano Adolfo Celi nasceu na cidade de Messina, na Itália, em julho de 1922 e veio para o Brasil em 1949, convidado por Franco Zampari, o criador do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e também da Companhia Cinematográfica Vera Cruz.

Adolfo Celi chegou ao Brasil em 1949 para dirigir o TBC
 

Adolfo Celi logo se adaptou ao clima e ao jeito de produzir teatro e cinema no Brasil, e acabou se transformando em um dos principais diretores dos palcos e das telas nacionais nas décadas de 50 e 60.

Formado pela Academia de Artes Dramáticas de Roma, Adolfo quando chegou ao Brasil já tinha boa experiência no teatro, onde estreou ao lado do grande ator Vittorio Gassman em uma peça de Pirandello.

Ele foi o primeiro diretor artístico do Teatro Brasileiro de Comédia e ao lado de Franco Zampari e Cacilda Becker, formou o trio de profissionais que mais contribuiu para fazer do TBC uma grande escola e uma das mais importantes companhias teatrais do mundo, naquela época.

Em 1956, ele se mudou para o Rio de Janeiro e criou outra importante companhia, a Cia. de Teatro Tônia-Celi-Autran, ao lado da atriz Tônia Carrero, então sua esposa, e o ator Paulo Autran.

Ele se casou com a atriz Tônia Carrero em 1956
 

Nessa época ele também dirigiu o Teatro Municipal do Rio de Janeiro e montou espetáculos importantes como “Seis Personagens à Procura de um Autor” e “Otelo” de Shakespeare.

Na Companhia Vera Cruz ele dirigiu filmes como “Caiçara”, a primeira produção da Cia e “Tico Tico no Fubá”, um grande êxito com Anselmo Duarte e Tônia Carrero.

O casamento com a atriz durou cinco anos e terminou em 1961, ao mesmo tempo que sua parceria com Tônia e Paulo Autran na companhia teatral. Recebeu vários convites para voltar a atuar como ator e em 1963 participou de uma co-produção Brasil-Itália- França que foi o filme “O Homem do Rio”, ao lado de Jean Paul Belmondo.

Nesse mesmo ano volta à Itália para lançar o filme “O Homem do Rio” e resolve filmar na Europa, onde entre outras produções faz sucesso como o vilão de “007 Contra a Chantagem Atômica”.

Na Itália se casa pela segunda vez, agora com a também atriz Veronica Lazar, com quem teve um casal de filhos e resolve ficar por lá de vez. Nessa época participa de filmes importantes como ator como “Agonia e Êxtase”; “Charada em Veneza”; “O Chefão”; “Brancaleone nas Cruzadas”; “Irmão Sol, Irmã Lua”; “O Fantasma da Liberdade” e “Meus Caros Amigos”.

Como ator se consagrou no filme "007 Contra a Chantagem Atômica"
 

Celi retorna ao Brasil em 1978 para dirigir o espetáculo “Pato com Laranja”, estrelado pelo ex-sócio Paulo Autran, Eva Wilma e Karin Rodrigues, um sucesso nos palcos de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde inaugurou o Teatro Villa-Lobos.   

Em 1983, após estrelar o filme “Quinteto Irreverente”, uma continuação de “Meus Caros Amigos” e mais um sucesso mundial, Adolfo Celi ainda passaria mais alguns meses no Brasil dirigindo  teatro.

Ele morreu em fevereiro de 1986, na Itália, aos 64 anos de idade, vitimado por um infarto, durante uma apresentação teatral que ele dirigia, deixando tanto na Itália como no Brasil, muitos amigos e admiradores do seu talento e da grande obra que nos deixou no teatro e no cinema. 

Adolfo Celi faleceu na Italia em 1986, aos 64 anos.
 
Paulo Autran e Tonia Carrero foram sócios dele em uma cia teatral
 
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