Colunistas - Rodolfo Bonventti

Ele imortalizou As Mãos de Eurídice

14 de Agosto de 2015

Nascido Rodolfo Jacob Mayer, na cidade de São Paulo, em fevereiro de 1910, ainda no colégio, no Liceu Sagrado Coração de Jesus, na capital paulista, criou sua primeira companhia de teatro amador.

 

Rodolfo Mayer na década de 40 no Rio de Janeiro
 

Com 23 anos de idade já era ator profissional e sua estréia foi no espetáculo “O Maluco da Avenida", na companhia do grande Procópio Ferreira, com quem chegou a estrelar alguns espetáculos. Mas dois anos depois se mudou para o Rio de Janeiro, e lá esteve nas melhores companhias teatrais da época, sempre lotando os teatros e ganhando prêmios como melhor ator.

 

Foi nos anos 40, já na Companhia Aimée – Joracy Camargo que ele recebeu o prêmio e a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais por seu trabalho na peça "A Dama das Camélias", um marco dos palcos nacionais naquela década, e logo depois participou da primeira montagem de uma peça de Nelson Rodrigues, "A Mulher sem Pecado".

Fundou sua própria companhia, em 1949, em parceria com sua primeira mulher, a atriz Lourdes Mayer, e com o ator Oswaldo Louzada. Foi nessa época que recebeu de Pedro Bloch, um monólogo escrito especialmente para ele, "As Mãos de Eurídice". A primeira apresentação desse monólogo foi em maio de 1950, no Pen Clube do Brasil. E Rodolfo Mayer o representaria por mais quatro mil vezes por todo o Brasil e em vários países por mais de 25 anos.

No cinema o ator esteve em 18 filmes, estreando em “Escrava Isaura” em 1930 e atuando, entre outros, em“Favela dos Meus Amores”; “Onde Estás Felicidade?”; “Inconfidência Mineira”; “Mãos Sangrentas”; “Viagem aos Seios de Duília” e “O Signo do Escorpião”, o último em 1974, ao lado de Maria Della Costa.

Com Lídia Costa em Os Quatro Filhos na TV Excelsior
 

Na televisão estreou em 1965, na novela “Os Quatro Filhos” na TV Excelsior e participou de mais 23, passando praticamente por todas as emissoras que produziram teledramaturgia nas décadas de 60, 70 e 80.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atuou com destaque em “Redenção”; “Legião dos Esquecidos”; “Sangue do Meu Sangue”; “Pingo de Gente”; “O Leopardo”; “Vendaval”; “Um Dia, o Amor”; “Xeque Mate”; “João Brasileiro, o Bom Baiano”; “Dinheiro Vivo”; “Cavalo Amarelo” contracenando com Dercy Gonçalves; “Brilhante” e “Eu Prometo”, as duas últimas na TV Globo.

Ao lado de Márcia de Windsor em "Cavalo Amarelo" de 1980
 
 Com Raul Cortez e Maria Isabel de Lizandra em Xeque Mate na Tupi
 
 No filme "O Signo de Escorpião" de 1974 
 

Se aposentou após mais de 50 anos de carreira como um dos mais elogiados e premiados atores, e morreu em Niterói, Rio de Janeiro, de insuficiência respiratória, em 1º de agosto de 1985.

 

Com Francisco Cuoco na novela "Sangue do Meu Sangue"
 
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