Cultura - Teatro

Teatro da Vertigem estreia espetáculo O Filho, inspirado em Kafka, no Sesc Pompeia

25 de Junho de 2015

Kafka e seu universo geram no Teatro da Vertigem um interesse que não se esgota em uma obra ou um estudo, como no espetáculoKastelo, de 2010, que já investigava os caminhos percorridos pelo escritor. Agora, em 2015, o olhar do grupo volta-se novamente para o autor tcheco na estreia do espetáculo O Filho, que tem direção de Eliana Monteiro, dramaturgia de Alexandre Dal Farra, com elenco composto por Antônio Petrin, Mawusi Tulani, Paula Klein, Rafael Lozano e Sergio Pardal. A peça faz parte da Ocupação Karta ao Pai, que acontecerá no galpão do Sesc Pompeia a partir do dia 2 de julho, com temporada até 9 de agosto.

 
 

A peça O Filho adentra o universo da família e exprime a debilidade de seus vínculos. É nesse contexto que a vida de Bruno, protagonista da história, é atravessada pelas relações com seu pai, sua mãe, mulheres e filhos.

 

Ocupação Karta ao Pai engloba ações pedagógicas: haverá uma palestra sobre os processos de criação do grupo com o diretor Antônio Araújo e um ciclo de encontros abertos – Kafka e o Teatro, que prevê a participação de convidados ligados à reflexão filosófica e artística, e três encontros com diretores e coreógrafos que já montaram espetáculos a partir de Kafka. Os registros das obras anteriores da companhia também serão apresentados em sessões de vídeos. A Trilogia Bíblica (O Paraiso PerdidoO Livro de Jó eApocalipse 1,11), além de BR-3, poderão ser vistos na íntegra pelo público.

 

Espetáculo O FILHO

 

Esse novo trabalho do Teatro da Vertigem é a segunda montagem, com direção de Eliana Monteiro, criada a partir da obra de Franz Kafka. Inspirado na sua Carta ao Pai, com texto de Alexandre Dal Farra, o espetáculo expõe a trajetória e as relações de Bruno com seus pais, seus filhos e suas mulheres. Ao constatar e descrever as situações vividas para si, ele tenta aprender, entre outras coisas, o que é ser um homem de verdade.

 

Kafka e o Teatro Apresentação do Ciclo de Encontros Abertos

 

Com curadoria de Antônio Araújo e Antônio Duran, esse ciclo de conversas tem como objetivo abordar as adaptações da obra de Kafka para o Teatro. Uma das indagações que nortearão as palestras será “Por que Kafka tem inspirado a realização de um número significativo de obras cênicas?" Ou, em outras palavras, "Por que Kafka ainda rende tanto teatro?”. O ciclo prevê dois encontros com convidados ligados à reflexão filosófica e artística, e três encontros com diretores e coreógrafos que já montaram espetáculos a partir de Kafka, tanto de suas obras quanto de sua biografia.

 

Dia 07/07- Abertura: *Alberto Pucheu

Alberto Pucheu é poeta, critico, ensaísta, professor de Teoria Literária da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993) e doutorado em Letras (Ciência da Literatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999).

 

Diretores convidados:

Dia 14/07* - Elzemann Neves -

 

Dia 21/07 * Roberto Alvim – é dramaturgo, diretor e professor de Artes Cênicas. Desde 2006, dirige a companhia CLUB NOIR, dedicada a encenar obras de dramaturgos contemporâneos. Foi contemplado com diversos prêmios, como Shell, Governador do Estado, Prêmio Bravo, entre outros. Adaptou e dirigiu peças inspiradas na obre de Kafka, como "A Construção" (2012) e "Comunicação a uma Academia" (2009).

 

Dia 28/07* Sandro Borelli - Diretor artístico da Cia. Borelli - Carne Agonizante. Suas criações já foram apresentadas em alguns dos principais Festivais de Dança e de Teatro no Brasil e exterior. Foi o idealizador da Revista Murro em Ponta de Faca em 2010. É o atual presidente da Cooperativa Paulista de Dança.  Desenvolveu diversos em torno da obra de Kafka, como “Kafka in off” (2007), “Carta ao pai” (2006) e “A metamorfose” (2002).

 

Dia 04/08 – Encerramento: *Jorge de Almeida

Professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP. Tradutor de obras de Theodor Adorno – em especial Notas de Literatura e Prismas –, é doutor em Filosofia pela USP com a tese Crítica Dialética em Theodor Adorno: música e verdade nos anos 30. Integra a comissão editorial da edição das obras completas de Adorno no Brasil, junto com Vladimir Safatle, Rodrigo Duarte e Ricardo Barbosa. 

 

*Todos os vídeos são exibidos gratuitamente – Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência.

 

Exibição de Filmes – Teatro da Vertigem

Trilogia Bíblica

Dia 08/07, às 19h30 | O Paraíso Perdido - (50 minutos) - 1992 - primeiro espetáculo da companhia, estreou um ano após o início das pesquisas na Igreja Santa Ifigênia, em São Paulo e permaneceu em cartaz por oito meses consecutivos.

Dia 15/07, às 19h30 | O Livro de Jó - (75 minutos) - 1995 - estreou no Hospital Humberto I em São Paulo, permanecendo em cartaz por um ano e meio e seguiu carreira apresentando-se em Curitiba, Bogotá, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Dinamarca, no Festival de Artes de Ärhus. O Livro de Jó foi o primeiro espetáculo brasileiro a representar o Brasil no III Festival Internacional de Teatro Anton Tchekhov em Moscou em comemoração ao centenário de sua existência.

Dia 22/07, às 19h30 | Apocalipse 1,11 - (120 minutos) - 2000 - estreou no antigo Presídio do Hipódromo, em São Paulo, viajando em seguida para Lisboa - Portugal através da Fundação Calouste Gulbekian, para Curitiba e para o Rio de Janeiro onde cumpriu temporada no Prédio do antigo DOPS. O espetáculo também foi apresentado em Londrina, em Colônia na Alemanha e em Wroclaw, na Polônia. Com a concretização do seu terceiro espetáculo criou-se, então, uma trilogia denominada “Bíblica” e o grupo passou a apresentar os três espetáculos juntos, como no Festival de Teatro de São José do Rio Preto de 2002 e em São Paulo, em comemoração aos 10 anos de sua criação, com o apoio da Brasil Telecom e a premiação da Lei de Fomento à Cultura.

Dia 29/07, às 19h30 | BR-3 (a peça) - (126 minutos) - 2005 - Em BR-3, o Teatro da Vertigem investiga 3 “brasis”: Brasilândia (bairro da periferia de SP), Brasília (capital do país) e Brasiléia (cidade do Acre). Como pano-de-fundo, os problemas sócio- econômicos do Brasil, como desigualdade social, tráfico de drogas, além de questões como o misticismo. A peça foi montada no Rio Tietê, em São Paulo e na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro).

 

*Todos os vídeos são exibidos gratuitamente – Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência.

 

Ficha Técnica

Direção: Eliana Monteiro

Texto: Alexandre Del Farra

Dramaturgismo: Antônio Duran

Atores: Antônio Petrin, Mawusi Tulani, Paula Klein, Rafael Lozano e Sergio Pardal

Desenho de Luz: Guilherme Bonfanti

Cenografia: Marisa Bentivegna

Figurino: Marina Reis

Trilha Sonora: Erico Theobaldo

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques

 

SERVIÇO

Espetáculo “O Filho”, parte da Ocupação Karta ao Pai
De 2 de julho a 9 de agosto de 2015.

De quinta a sábado, às 19h30. Domingos e feriados, às 18h30.
Sesc Pompeia - Galpão

Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 20,00 (credenciado/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e  R$40,00 (inteira).
Venda online a partir de 23 de junho, terça-feira, às 17h30.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 24 de junho, quarta-feira, às 17h30.
Duração: 90 min Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos.

 

SESC Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

Telefone:(11) 3871-7700

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